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Na década de 1980, famílias de Primo Pozzo e Vicência, vindos da região de Nápoles – Itália- desembarcaram no Brasil. E foi trabalhando numa grande fazenda de café no Estado de São Paulo que se conheceram e se casaram. Tiveram dez filhos, dentre eles José Pozzo.

Com muito trabalho, garra e vontade, por volta de 1950 a família começa a empreender com a aquisição de áreas no Oeste do Paraná. Um grande desafio na época onde o trabalho era manual e os recursos escassos.

A implantação das primeiras lavouras de café foi realizada, e um grande sonho começava ali. José Pozzo e Paschoa Rigon, tiveram 6 filhos, que foram registrados com o sobrenome “Posso” e não “Pozzo”, por problemas de posicionamento político do país durante conflitos mundiais, numa época em que a língua nativa esteve proibida.

O clima não favorecia a produção de café e mesmo com todos os esforços dos produtores, a geada na década de 1970 praticamente exterminou a cafeicultura paranaense e ali o sonho parecia ter terminado. 

Nessa época, Ulisses Posso, um dos filhos de José Posso, com sua esposa Conceição Padial Posso e filhos, partiram para outras atividades, agora na área na indústria e comércio, mas a paixão pelo café ainda era presente na família. 

E foi em 1998, decidimos então retornar à atividade, mas dessa vez no Estado de Minas Gerais, no Município de Monte Carmelo, bem no coração da Região do Cerrado Mineiro. Um novo desfio, mas que dessa vez o clima da região já era um aliado.

Em dezembro de 1999 foram plantadas as primeiras mudas em uma área de 32 hectares de café – sendo 22 hectares da variedade Catuaí e 10 hectares de Mundo Novo.

Novos desafios logo na primeira safra. O baixo volume de chuvas nos obrigou a investir num moderno sistema de irrigação para garantir uma boa produtividade.

Já são 22 anos de trabalho árduo. Atualmente a fazenda Alto Buritis conta com 184 hectares de área, com 129 hectares de café, e produção média de 6 mil sacas anuais.